Todos os efeitos da culpa já não estão mais aqui. Pois a culpa terminou. Com a sua passagem, foram-se também as suas consequências, deixadas sem uma causa. Por que irias prender-te a ela na memória se não desejasses os seus efeitos? O lembrar é tão seletivo quanto a percepção, sendo o tempo passado da percepção. É a percepção do passado como se ele estivesse ocorrendo agora e ainda estivesse presente para ser visto. A memória, como a percepção, é uma habilidade inventada por ti para tomar o lugar do que Deus te deu na tua criação. E, como todas as coisas que fizeste, pode ser usada para servir a outro propósito e para ser um meio para alguma outra coisa. Ela pode ser usada para curar e não para ferir, se desejares que assim seja. (UCEM – T – 28.I.2)
Todo o mundo das formas, ou da separação, que fizemos junto com o ego, o Espírito Santo pode usar para reverter o seu significado e o seu propósito.
É bastante difícil para uma mente não treinada entender que a memória é a seleção da sua própria percepção. Parece que o que lembramos está lá involuntariamente, porém, o Curso nos diz que é, na verdade, uma seleção feita pela percepção. A percepção, consequência da projeção, tem sua origem na crença na separação. A mente pode manter essa crença através da memória pela escolha, que na maioria das vezes é inconsciente.
Tomar consciência de que estamos todo o tempo escolhendo o que manter em nossa memória é estar ciente de que estamos escolhendo entre o ego e o Espírito Santo a todo instante. O ego mantém as lembranças de ataque, defesa e separação; o Espírito Santo disponibiliza as lembranças de igualdade, confiança e segurança.