fbpx

 

Chefe da equipe de tradução em português:
Lillian Paes

LillianPaes_Portuguese

Nasci em 1950, no Rio de Janeiro, onde cresci e ainda vivo. Em 1971, eu me formei pela Pontifícia Universidade Católica no Rio, onde me especializei em literatura inglesa e francesa. Em 1974, recebi o título de mestre em artes da University of Michigan, em Ann Arbor, Michigan, onde ensinei português e literatura francesa. Sete anos depois, obtive o título em literatura francesa da Universite de Nancy, no sul da França. Assim, eu me tornei fluente em inglês e francês como tradutora, e proficiente em espanhol e italiano. Durante algum tempo, trabalhei como tradutora técnica para uma companhia internacional de engenharia no Brasil. No início dos anos oitenta, tornei-me assistente e tradutora-chefe do embaixador francês no Rio de Janeiro. Era um trabalho e situação ideais. Eu era muito bem paga, viajava muito e participava de muitos eventos culturais e sociais ligados à embaixada. O embaixador, um homem impressionante, de grande estatura, contratou-me para assisti-lo em todas as suas atividades profissionais e pessoais, porque ele não falava nada de português e não conhecia nada do Brasil e seus costumes. Eu fiz isso por aproximadamente três anos, e estava muito envolvida em ter sucesso e ganhar muito dinheiro. Mas não estava feliz de forma alguma, porque estava perdendo o espírito da vida. Eu sabia que tinha que mudar minha vida, e não perder mais tempo.

Então, em 1984, deixei o Rio e fui para uma fazenda nas montanhas, para viver com um amigo que fazia objetos de barro requintados, no estilo japonês antigo, usando técnicas primitivas. Vivi lá por aproximadamente um ano. Embora fosse um artista requintado, ele não sabia como colocar seu trabalho no mercado. Então, compilei uma mala direta e comecei a escrever para amigos. Logo, seus lindos objetos de barro japoneses começaram a vender bem e ele foi convidado a expor seu trabalho em museus de arte de prestígio no Brasil. Nós compramos uma casa espaçosa nas montanhas, e eu o ajudei a reformá-la, mas ele se tornou muito infeliz. Sendo um homem modesto, que preferia um estilo simples de vida, ele não gostava que as pessoas o chamassem de “doutor.” Ele descobriu que não poderia viver com o sucesso e a atenção.

Em 1985, voltei ao Rio para estudar com a chefe do instituto no Brasil que ensinava o processo de cura Fisher-Hoffman. Ela tinha trabalhado no teatro, na Europa e em Nova Iorque, durante muitos anos. Depois, ela trabalhou com Claudio Naranjo, viajando por toda a Europa, ligada à escola Gurdjieff. Um dia, durante sua aula, ela me disse que o mal não existe. Quando ela disse isso, tive uma profunda experiência que tocou uma profunda e familiar nota. Perguntei a ela se a ideia tinha vindo do Vedanta. Ela respondeu, “Não, veio de Um Curso em Milagres.”

Depois de terminar o processo Fisher-Hoffman em março de 1985, procurei o Curso por todo o Rio. Após diversos dias procurando, finalmente o encontrei em uma antiquada livraria, que pertencia a dois cavalheiros mais velhos, do Peru. Eles foram os primeiros a distribuírem Um Curso em Milagres no Brasil. Eles tinham uma última cópia em três volumes, em inglês. Eu a comprei e a levei comigo para qualquer lugar em que fosse.

Para uso próprio, comecei a traduzir o Curso para o português. Logo, percebi que as palavras e símbolos usados no Curso – termos cristãos tais como expiação, redenção, pecado, vida ou morte – não continham os significados usuais. Em vez disso, eles continham algo especial, que eu ainda não entendia completamente. Acreditei que teria que entender o Curso completamente antes de poder traduzi-lo de forma correta. Isto é, eu teria que estudar a versão original em inglês, e tentar torná-la uma parte intrínseca da minha vida. Caso contrário, isso nunca seria feito de uma forma que tivesse qualquer sentido.

Decidi entrar em contato com Judy Skutch, da Foundation for Inner Peace, na Califórnia. Depois de nos conhecermos melhor, e ela ficar sabendo sobre meus antecedentes e trabalho como tradutora, assim como dos meus trabalhos de tradução que tinham sido publicados no Brasil, ela pensou que eu deveria tentar fazer uma tradução formal do Curso para o português. Eu disse que o faria, e ingenuamente disse a ela que achava que isso poderia ser feito em três ou quatro meses. É claro, eu tinha subestimado completamente a tarefa.

Depois de ter trabalhado vários meses com meus problemas de compreensão e tradução do Curso, entrei em contato com Judy mais uma vez. Ela me deu permissão para fazer oficialmente a tradução em português. Durante os três anos seguintes, a tradução se tornou toda a minha vida e único interesse no Rio. Não era uma questão de escolha, não era uma questão de aceitação; era que eu sentia que isso tinha que ser feito e que eu tinha que fazê-lo. Apesar disso, eu tinha dúvidas sobre minha habilidade para fazê-lo, porque eu sentia muita reverência pelo Curso. No entanto, sentia intensamente que tinha que perseverar, e que, de alguma forma, eu seria capaz de fazer o trabalho.

Três anos depois, em 1988, senti (equivocadamente) que a tradução estava pronta. Fui visitar Kenneth Wapnick na Foundation for A Course in Miracles, em Roscoe, Nova Iorque, que estava acabando de começar. Acho que eu estava no primeiro grupo de tradutores que se encontravam lá para coordenarem o programa de traduções, estabelecerem linhas diretivas, e assegurarem que todas as traduções fossem consistentes e corretas.
Depois de eles terem revisado minha tradução, acharam que estava feita de forma linda, em termos da própria linguagem. Mas apesar da minha experiência e obsessivo comprometimento, ainda não era exatamente o Curso, porque o Curso é altamente técnico. Eu tinha que ter certeza de que minhas escolhas de palavras permaneciam consistentemente as mesmas. Eu não podia mudá-las meramente para se adequarem às minhas necessidades ou preferências pessoais, porque, como Helen Schucman disse, se eu o fizesse, poucas centenas de páginas depois, descobriria por que aquela tinha que ser a palavra.

Então, voltei ao Brasil, e usei o dicionário Webster para explorar cuidadosamente as raízes de cada palavra, até mesmo palavras como noite, dia, alegria e dor para me certificar dos seus significados. Levei mais dois anos para entender o significado especial das palavras, principalmente as palavras-chave, no Curso. Foi assim que “atonement” tornou-se “expiação” na tradução. Em dezembro de 1990, voltei a Roscoe por seis meses. Fiquei chocada em descobrir que tinha que mudar todos os pronomes. Quando voltei ao Brasil, continuei trabalhando na terminologia. No processo, aprendi a pedir orientação e então, me render a ela; o que, a propósito, foi como eu soube que tinha finalmente encontrado as palavras certas. No início de 1993, tinha trabalhado de oito a dez horas por dia, desde 1985, para completar a tradução. Nos dois anos seguintes, continuei a fazer os ajustes finais, a uma velocidade menor, enquanto também pesquisava no Brasil sobre como iríamos publicá-lo.

A Foundation for Inner Peace finalmente publicou as primeiras seis mil cópias da tradução em português em dezembro de 1995. Por volta de dezembro de 1996, quando comecei a escrever um boletim, nós tínhamos vendido mais de quatro mil cópias. Então, comecei a dirigir palestras e seminários, o que continuei a fazer durante os próximos dez anos. O Curso e meu trabalho de tradução tinham modificado completamente minha vida.

_____________________________________________________________________________________


_____________________________________________________________________________________

 

Conheça os tradutores
________________________________________________________________

Para saber mais sobre o tradutor de um idioma específico,
clique no link abaixo:

Conheça os Tradutores


________________________________________________________________________________

 

© Foundation for Inner Peace • PO Box 598 • Mill Valley, CA 94942-0598