Glossário - UCEM

 

Este pequeno glossário é parte integrante de nosso livro Um guia para o perdão (confira: http://loja.grupomera.com.br/) e destina-se a facilitar a compreensão do leitor sobre palavras específicas, que são usadas de forma exclusiva em Um Curso em Milagres.

 

Abundância: princípio do Céu que é contrastado com a crença do ego na escassez; ao Filho de Deus nunca pode faltar nada e ele jamais pode sofrer por nenhuma necessidade, pois as dádivas de Deus, dadas por toda a eternidade na criação, estão sempre com ele.

 

Amor: conhecimento - a essência do Ser de Deus e do seu relacionamento com a Sua Criação, que é imutável e eterna; está além de qualquer definição ou ensinamento e só pode ser vivido ou conhecido quando as barreiras da culpa tiverem sido removidas através do perdão.

 

Percepção verdadeira: mesmo sendo impossível no mundo ilusório da percepção, ainda assim o amor se expressa aqui através do perdão; é a emoção que Deus nos deu em contraste com a emoção do ego que é o medo, e se manifesta em qualquer expressão de união verdadeira com o outro.

 

Ataque: a tentativa de justificar a projeção da culpa sobre os outros para demonstrar seu pecado e sua culpabilidade com o propósito de nos sentirmos livres desta mesma culpa, pois o ataque é sempre uma projeção da responsabilidade pela separação, portanto, nunca é justificado. Também é usado para denotar o pensamento da nossa separação de Deus, pelo qual acreditamos que Deus nos atacará e nos punirá (nota – “ataque” e “raiva” são usados como sinônimos).

 

Causa e efeito: a causa e o efeito dependem mutuamente um do outro, já que a existência de um determina a existência do outro. Além disso, se algo não é uma causa não pode existir porque tudo o que existe como causa não pode deixar de ter efeitos.

 

Conhecimento: Deus é a única Causa, e Seu Filho é Seu Efeito.

Percepção: o pensamento da separação – pecado – é a causa do sonho de sofrimento e morte, que é o efeito do pecado. O perdão desfaz o pecado ao demonstrar que o pecado não tem efeito algum, por exemplo: a paz de Deus e o nosso relacionamento com Ele não podem ser afetados pelo que os outros fizeram a nós, e, então, não tendo efeito, o pecado não pode ser a causa e não pode existir.

 

Céu: o mundo não dualista do conhecimento, onde Deus e Sua criação habitam em unidade perfeita na Sua Vontade e espírito; embora exclua o mundo da percepção, o Céu pode refletir-se aqui no relacionamento santo e no mundo real.

 

Conhecimento: Céu, o mundo de Deus da pré-separação e Sua criação unificada, no qual não há diferenças ou formas e assim exclui o mundo da percepção; não deve ser confundido com o significado comum da palavra “conhecimento”, que implica na existência de um sujeito que conhece e um objeto que é conhecido. No Curso, o conhecimento reflete a experiência pura do não dualismo, sem a dicotomia do sujeito-objeto. Ver: Céu.

 

Criação: a extensão do Ser ou Espírito de Deus, a Causa que resultou em Seu Filho, o Efeito; é descrita como a primeira vinda de Cristo. Criar é a função do Filho no Céu, assim como foi a de Deus ao criá-lo (nota: a Criação só existe no nível do conhecimento e não é equivalente à criação ou criatividade como são entendidas no mundo da percepção).

 

Cristo: Segunda Pessoa da Trindade; o Filho Unigênito de Deus ou a Totalidade da Filiação; o Ser que Deus criou por extensão de Seu Espírito. Ainda que Cristo crie como Seu Pai, ele não é o pai, pois Deus criou Cristo, mas Cristo não criou Deus. (nota: Cristo não deve ser equiparado exclusivamente a Jesus).

 

Crucificação: um símbolo do ataque do ego a Deus e, portanto, a Seu Filho, testemunhando a “realidade” do sofrimento e do sacrifício, das vítimas e da morte que o mundo parece manifestar; também se refere à morte de Jesus; um exemplo extremo que nos ensinou que a nossa verdadeira Identidade de Amor jamais pode ser destruída, porque a morte não tem poder sobre a vida.

 

Corpo: nível 1 - a encarnação do ego; o pensamento de separação projetado na forma pela mente; o testemunho da realidade aparente da separação por ser uma limitação do amor, excluindo-o da nossa consciência; inclui tanto os nossos corpos físicos como nossas personalidades - nível 2:  o corpo é inerentemente neutro, nem “bom” nem “mau”; seu propósito é ditado pela mente.

Mente errada: o símbolo da culpa e do ataque.

Mente certa: o meio para ensinar e aprender o perdão com o qual se desfaz a culpa do ego; o instrumento da salvação através do qual o Espírito Santo fala.

 

Culpa: o sentimento vivido em relação ao pecado. O seu reflexo, que vem das nossas mentes, é visto na totalidade das crenças e sentimentos negativos que temos sobre nós mesmos, em sua maioria inconscientes. A culpa se baseia numa sensação de in- dignidade inerente, aparentemente além do poder de Deus para perdoar. Embora estejamos equivocados, acreditamos que Deus exige que sejamos punidos pelo pecado aparente de termos nos separados Dele. Seguindo os conselhos do ego, que nos diz que encarar a culpa nos destruiria, negamos a sua presença em nos- sas mentes e a projetamos para fora em forma de ataque, seja contra os outros em forma de raiva, ou contra os nossos próprios corpos em forma de doença.

 

Cura: a correção na mente da crença na doença que faz com que a separação e o corpo pareçam reais; o efeito de se unir a ou- tro no perdão, deslocando a percepção de corpos separados – a fonte de toda doença – para o nosso propósito compartilhado de cura neste mundo. Já que a cura se baseia na crença de que nossa verdadeira Identidade é o espírito, não o corpo, todos os tipos de doença não podem deixar de ser ilusórios, pois só um corpo ou um ego podem sofrer. A cura, portanto, reflete o princípio segundo o qual não existe uma ordem de dificuldades em milagres.

 

Dar/receber: mentalidade errada - quando alguém dá, passa a ter menos, o que reforça a crença do ego na escassez e no sacrifício e serve de exemplo para o seu princípio de dar para receber, no qual ele dá de modo a poder receber mais de alguma outra coisa em retorno. Acreditando que pode dar aos outros seus presentes de culpa e medo, a versão do ego do que seja dar é realmente projeção. Mente certa: dar e receber são idênticos, o que reflete o princípio da abundância do Céu e a lei da extensão; o espírito nunca pode perder, pois quando alguém dá amor, recebe amor. As dádivas do Espírito Santo são qualitativas e não quantitativas e, por conseguinte, aumentam na medida em que são compartilhadas. O mesmo princípio funciona no nível do ego, porque na medida em que damos culpa (projeção), assim também a recebemos.

 

Defesas: mente errada - os meios que utilizamos para nos protegermos de nossa culpa, do medo e dos ataques aparentes das outras pessoas. As defesas mais importantes são a negação e a projeção. Por sua própria natureza, as defesas fazem exatamente o que pretendem evitar que nos aconteça, pois reforçam a crença na própria vulnerabilidade, o que aumenta sensivelmente o nosso medo e a crença em que necessitamos de defesas. Mente certa: as defesas são reinterpretadas como os meios que usamos para nos libertarmos do medo, por exemplo, a negação nega “a negação da verdade” e a projeção da nossa culpa faz com que possamos ter consciência do que negamos, de modo que possamos perdoar verdadeiramente.

 

Deus: Primeira Pessoa da Trindade; o Criador, a Fonte de todo ser ou vida; o Pai, cuja Paternidade é estabelecida pela existência de Seu Filho, Cristo. A Primeira Causa, da qual o Filho é o Efeito; a essência de Deus é Espírito, o qual é compartilhado por toda criação, cuja unidade é o estado do Céu.

 

Doença: um conflito na mente (culpa) que é deslocado para o corpo; a tentativa do ego de se defender contra a verdade (espírito) prestando atenção ao corpo; um corpo doente é o efeito da mente doente ou dividida que é sua causa, representando o desejo do ego de tornar as outras pessoas culpadas por sacrificar a si mesmo, projetando a responsabilidade do ataque sobre elas.

 

Ego: a crença na realidade do ser separado ou falso, feito em substituição ao Ser Que Deus Criou; o pensamento de separação que faz surgir o pecado, a culpa e o medo, assim como um sistema de pensamento baseado no especialismo para proteger a si mesmo; a parte da mente que acredita que está separada da Mente de Cristo. Essa mente dividida tem duas partes: a mente certa e a mente errada. Quase sempre o termo ego é usado para indicar a “mente errada”, mas pode incluir a parte da mente dividida que pode escolher a mentalidade certa, o que chamamos de tomador de decisões (nota: não deve ser confundido com o ego da psicanálise, mas pode ser superficialmente comparado com a psique inteira, da qual o ego psicanalítico faz parte).

 

Espírito: a natureza de nossa verdadeira realidade que, por ser de Deus, é imutável e eterna; é contrastado com o corpo, a encarnação do ego que muda e morre; o Pensamento na Mente de Deus que é o Cristo Unificado.

 

Espírito Santo: Terceira Pessoa da Trindade que é metafórica - mente descrita no Curso como a Resposta de Deus à separação; o Elo de Comunicação entre Deus e Seus Filhos separados, fazendo uma ponte sobre a brecha entre a Mente de Cristo e a nossa mente dividida; a memória de Deus e Seu Filho que trouxemos conosco para nosso sonho; Aquele Que vê nossas ilusões (percepção), conduzindo-nos através delas à verdade (conhecimento); a Voz por Deus, o Que fala por Ele e pelo nosso Ser real, lembrando-nos da Identidade que esquecemos; também denominado como a Ponte, o Consolador, o Guia, o Mediador, o Professor e o Tradutor.

 

Expiação: plano de correção do Espírito Santo para desfazer o ego e curar a crença na separação; surgiu depois da separação e estará terminado quando cada Filho separado tiver realizado a sua parte na Expiação por meio do perdão completo; tem como princípio que a separação jamais ocorreu.

 

Extensão: conhecimento - o processo contínuo da Criação no qual o espírito estende a si mesmo; Deus criando Cristo. Já que o Céu está além do espaço e do tempo, a “extensão” não pode ser compreendida em termos de um processo temporal ou espacial.

 

Percepção verdadeira: estender a visão do Espírito Santo ou de Cristo na forma de perdão ou de paz; o uso que o Espírito Santo faz da lei da mente em contraste com a projeção do ego; já que as ideias não deixam a sua fonte, o que é estendido continua na mente onde fica refletido no mundo da ilusão.

 

Fazer/criar: o espírito cria, o ego faz - conhecimento: a criação só ocorre dentro do mundo do conhecimento, criando a verdade. Percepção: o fazer, também denominado criação equivocada, só conduz a ilusões; usado raramente para o Espírito Santo, Que é

descrito como Aquele Que faz um mundo real.

 

Fé: Podemos ter fé no ego ou no Espírito Santo, na ilusão do pecado nas outras pessoas ou na verdade da sua santidade como Filhos de Deus. Fé é a expressão de onde depositamos nossa crença.

 

Filho de Deus: conhecimento - Segunda Pessoa da Trindade; o Cristo Que é nosso Verdadeiro Ser.

Percepção: nossa identidade como Filhos separados, ou o Filho de Deus como um ego com uma mente errada e uma mente certa; a expressão bíblica “Filho do homem” raramente é usada para designar o Filho separado.

 

Instante Santo: o instante fora do tempo no qual escolhemos o perdão ao invés da culpa, o milagre ao invés da mágoa, o Espírito Santo ao invés do ego; a expressão de um pouco de disponibilidade para vivermos no presente que se abre para a eternidade, ao invés de nos apegarmos ao passado com medo do futuro, o que nos mantém no inferno; também é usado para denotar o instante santo final, o mundo real, a culminação de todos os instantes santos que escolhemos ao longo do caminho.

 

Jesus: a fonte do Curso, a primeira pessoa no Curso – “eu”; aquele que primeiro concluiu sua parte na Expiação e por isso pode se encarregar de todo o plano; transcendendo seu ego, Jesus passou a se identificar com o Cristo e agora pode servir como nosso mo- delo para o aprendizado de uma ajuda sempre presente, quando o invocamos em nosso desejo de perdoar (nota: não dever ser exclusivamente identificado como Cristo, a Segunda Pessoa da Trindade).

 

Medo: a emoção do ego, que é contrastada com o amor, a emoção que nos foi dada por Deus; tem origem na espera da punição pelos nossos pecados, exigida pela culpa; o terror resultante da- quilo que acreditamos merecer. O medo nos conduz, através da dinâmica de negação e projeção, a nos defendermos, atacando os outros, o que meramente reforça o nosso senso de vulnerabilidade, estabelecendo um círculo vicioso de medo e defesa.

 

Mente: conhecimento - o agente ativador do espírito, ao qual se equivale, suprindo a sua energia criativa.

Percepção verdadeira: o agente da escolha; somos livres para acre- ditar que as nossas mentes podem ser separadas ou cortadas da Mente de Deus (mente errada), ou que podem ser devolvidas a Ela (mente certa); assim podemos compreender a mente dividida como se fosse composta por três partes: a mente errada, a mente certa e a parte da mente a que chamamos de “tomador de decisões” que escolhe entre as duas; não deve ser confundida com o cérebro que é um órgão físico e um aspecto do nosso ser corporal.

 

Mente Certa: a parte das nossas mentes separadas que contém o Espírito Santo – a Voz do perdão e da razão; somos repetidamente convidados a escolhê-la em lugar da mente errada, a seguir a orientação do Espírito Santo ao invés da do ego e assim retornar à mentalidade Una de Cristo.

 

Mente Errada: a parte da nossa mente separada e dividida que contém o ego – a voz do pecado, da culpa, do medo e do ataque; somos repetidamente convidados a escolher a mentalidade certa em lugar da mentalidade errada, que nos aprisiona ainda mais no mundo da separação.

 

Mente Una: a mentalidade de Deus ou Cristo; a extensão de Deus que é a Mente Unificada da Filiação, transcendendo tanto a mentalidade certa quanto a mentalidade errada; existe apenas no nível do conhecimento e do Céu.

 

Milagre: a mudança da mente que desloca a nossa percepção do mundo egoico do pecado para o mundo do perdão do Espírito Santo; reverte a projeção devolvendo à mente a sua função causativa, permitindo-nos escolher outra vez; transcende as leis deste mundo para refletir as leis de Deus; se realiza pela nossa união com o Espírito Santo ou Jesus, sendo o meio de curar as nossas mentes e as mentes dos outros (nota: não deve ser confundido com a compreensão tradicional de milagres como mudança nos fenômenos externos).

 

Mundo: Nível 1 - o efeito da crença do ego na separação, que é a sua causa; o pensamento de separação e ataque a Deus revestido de forma. Sendo a expressão da crença no espaço e no tempo, não foi criado por Deus Que transcende inteiramente o tempo e o espaço; a menos que esteja sendo feita uma referência específica ao mundo do conhecimento, se refere apenas à percepção, o domínio do ego depois da separação.

Nível 2: mentalidade errada  -  a prisão da separação que reforça a crença do ego no pecado e na culpa, perpetuando a existência aparente deste mundo.

Mentalidade certa: uma sala de aula, na qual aprendemos as nossas lições de perdão, o instrumento de ensino do Espírito Santo para nos ajudar a transcender o mundo; assim o propósito do mundo é nos ensinar que o mundo não existe.

 

Mundo Real: estado da mente no qual, através do perdão completo, o mundo da percepção é libertado das projeções que colocamos sobre ele. Assim, é a mente que muda, não o mundo, e passamos a ver através da visão de Cristo que abençoa em vez de condenar; o sonho feliz do Espírito Santo; o fim da Expiação, desfazendo nossos pensamentos de separação e permitindo que Deus dê o último passo.

 

Oração: como é popularmente compreendida, pertence ao mundo da percepção, pois pede a Deus algo que acreditamos precisar; por outro lado, a nossa única oração real é pelo perdão, pois traz de volta à nossa consciência que já temos o que necessitamos; tal como é usada no Curso, a oração não inclui as experiências de comunhão com Deus que vêm durante períodos de quietude ou meditação; é comparada com uma escada em A Canção da Oração, enfatizando tanto o processo do perdão quanto a comunhão entre Deus e Cristo, a Canção que é o fim da escada.

 

Pecado: a crença na realidade da nossa separação de Deus, vista pelo ego como um ato que não pode ser corrigido porque repre- senta nosso ataque ao nosso Criador, Que jamais nos perdoaria; conduz à culpa, que pede punição; equivale à separação e é o conceito central do sistema de pensamento do ego do qual todos os outros decorrem de forma lógica. Para o Espírito Santo, apenas um erro, no qual nosso pensamento pode ser corrigido e, portanto, perdoado e curado.

Percepção: Nível 1 - o mundo dualista da forma e das diferenças que passou a existir após a separação, excluindo mutuamente o mundo não dualista do conhecimento; este mundo surge da nossa crença na separação e não tem realidade fora deste pensamento.

Nível 2: vem da projeção - nós determinamos interiormente o que vemos do lado de fora; assim sendo, a nossa interpretação da “realidade” é crucial para a percepção, em vez do que parece ser objetivamente real.

Mente errada: a percepção do pecado e da culpa reforça a crença na realidade da separação.

Mente certa: a percepção de oportunidades de perdão serve para desfazer a crença na realidade da separação.

 

Perdão: ato de olhar para nosso especialismo com o Espírito Santo ou Jesus, sem culpa ou julgamento; nossa função especial que altera a percepção que temos das outras pessoas como “inimigas” (ódio especial) ou como salvadoras (amor especial) para irmãs ou amigas, removendo todas as projeções de culpa que fizemos sobre elas; a expressão do milagre ou visão de Cristo, que vê todas as pessoas unidas na Filiação de Deus e olha para o que está além das diferenças aparentes que refletem a separação. A percepção do pecado como algo real faz com que o perdão verdadeiro seja impossível. O perdão verdadeiro traz o reconhecimento de que aquilo que pensamos que havia sido feito a nós, ou aquilo que pensamos ter feito, não pode nos tirar a paz, já que somos responsáveis pelo roteiro das nossas vidas e, portanto, apenas nós mesmos podemos nos privar da paz de Deus. Assim, perdoamos os outros pelo que não fizeram a nós, ao invés de perdoá-los “pelo que fizeram”, como acontece no sistema de pensamento do ego.

 

Princípio da Escassez: um aspecto da culpa; a crença segundo a qual somos vazios ou incompletos, pois aquilo de que necessitamos nos falta realmente. Isso conduz à busca de ídolos, ou relacionamentos especiais, para preencherem a escassez que experimentamos dentro de nós. É inevitavelmente projetado em sentimentos de privação, nos momentos em que acreditamos que os outros estão nos privando da paz, quando na realidade fomos nós que nos privamos; o contrário do princípio de abundância de Deus.

 

Professor de Deus: no instante em que decidimos nos unir a alguém, uma decisão de nos unirmos com a Expiação, passamos a ser professores de Deus; ensinando as lições de perdão do Espírito Santo, nós as aprendemos, reconhecendo que o nosso Professor é o Espírito Santo Que ensina através de nós pelo exemplo de perdão e paz; também denominado “aquele que trabalha em milagres”, “mensageiro” e “ministro de Deus”; usado como sinônimo para estudantes de Um Curso em Milagres.

 

Projeção: a lei fundamental da mente: a projeção faz a percepção – o que vemos dentro de nós determina o que vemos fora das nossas mentes.

Mente errada: reforça a culpa por deslocá-la para outra pessoa, atacando-a no outro e negando a sua presença em nós; uma tentativa de deslocar a responsabilidade pela separação, de nós mesmos para outros.

Mente certa: o princípio da extensão, desfazendo a culpa por permitir que o perdão do Espírito Santo seja estendido (projetado) através de nós.

 

Relacionamento Santo: o meio do Espírito Santo para desfazer o relacionamento especial ou não santo por mudar a meta da culpa para a meta do perdão ou da verdade; o processo do perdão pelo qual alguém que havia percebido o outro como um ser separado se une a ele em sua mente através da visão de Cristo.

 

Relacionamentos especiais: relacionamentos sobre os quais projetamos culpa, usando-os para substituir o amor e o nosso verdadeiro relacionamento com Deus. São as defesas que reforçam a crença no princípio da escassez enquanto aparentemente o estão desfazendo – fazem exatamente aquilo do qual pretendem nos defender –, pois os relacionamentos especiais tentam preencher as necessidades que percebemos em nós mesmos tirando de outros que são, inevitavelmente, vistos como separados. Portanto, eles reforçam a culpa que, em última instância, vem de acreditarmos na nossa separação de Deus: o pensamento de ataque que é a fonte da qual se origina o nosso senso de falta. Todos os relacionamentos neste mundo começam sendo especiais, já que começam com a percepção da separação e das diferenças, que devem então ser corrigidas pelo Espírito Santo através do per- dão, tornando o relacionamento santo. O especialismo tem duas formas: primeira, o ódio especial, que justifica a projeção da culpa pelo ataque. A segunda, o amor especial, está dentro da ilusão do amor, onde acreditamos que nossas necessidades especiais são preenchidas por pessoas especiais, com atributos especiais, pelos quais nós as amamos. Nesse sentido, o amor especial é o equivalente aproximado da dependência, que gera animosidade ou ódio.

 

Sacrifício: uma crença central no sistema de pensamento do ego; alguém tem de perder para que outro possa ganhar; o princípio da renúncia a alguma coisa para se conseguir outra (dar para receber); por exemplo, para receber o Amor de Deus nós temos que pagar um preço, usualmente em forma de sofrimento para expiar a nossa culpa (pecado); para receber o amor de um outro, temos de pagar por ele através de uma barganha de amor especial; o reverso do princípio da salvação ou da justiça no qual ninguém perde e todos ganham.

 

Salvação: a Expiação ou o desfazer da separação; somos “salvos” da nossa crença na realidade do pecado e da culpa através da mudança da mente que o perdão e o milagre acarretam.

 

Separação: a crença no pecado que afirma uma identidade separada de nosso Criador; pareceu acontecer uma vez, e o sistema de pensamento que surgiu dessa ideia é representado pelo ego; resulta em um mundo de percepção e forma, de dor, sofrimento e morte, real no tempo, mas desconhecido na eternidade.

 

Ser: a nossa verdadeira Identidade como Filhos de Deus; sinônimo de Cristo, a Segunda Pessoa da Trindade e contrastado com o ser egoico que nós fizemos em substituição à criação de Deus; raramente usado em referência ao Ser de Deus.

 

Sonho: o estado pós-separação no qual o Filho de Deus sonha um sonho de pecado, culpa e medo, acreditando que essa seja a realidade, e o Céu o sonho; o Filho, sendo o sonhador, é a causa do mundo que é o efeito, apesar dessa relação de causa e efeito parecer ser revertida neste mundo, onde parecemos ser o efeito ou as vítimas do mundo; ocasionalmente usado para denotar sonhos durante o sono, embora não exista nenhuma diferença real entre eles e os sonhos que sonhamos acordados, pois ambos pertencem ao mundo ilusório da percepção.

 

Tempo: Nível 1 - uma parte integrante do mundo ilusório de separação, em contraste com a eternidade, que só existe no Céu. Apesar do tempo parecer ser linear, está contido em um único instante diminuto que já foi corrigido e desfeito pelo Espírito Santo e, na verdade, nunca aconteceu.

Nível 2: mente errada - o meio de manter o ego, preservando os pecados do passado projetados no futuro através da culpa pelo medo da punição, enquanto não se olha para o presente, que é o que mais se aproxima da eternidade. Mente certa: o meio de desfazer o ego, perdoando o passado através do instante santo, o meio dos milagres; quando o perdão for completo, o mundo do tempo terá realizado o propósito do Espírito Santo e simplesmente desaparecerá.

 

Trindade: a unidade de Seus Níveis não é compreensível neste mundo; consiste de 1) Deus, o Pai e Criador, 2) Seu Filho, Cristo, nosso verdadeiro Ser Que inclui as nossas criações e 3) o Espírito Santo, a Voz por Deus.

 

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