Tu tens considerado a separação como um meio de romper a tua comunicação com o teu Pai.  O Espírito Santo a reinterpreta como um meio de restabelecer o que não foi rompido, mas foi obscurecido. Todas as coisas que fizeste têm utilidade para Ele, para o Seu propósito santíssimo.  Ele tem o conhecimento de que não estás separado de Deus, mas percebe muitas coisas em tua mente que permitem que penses que estás.  Tudo isso e nenhuma outra coisa é o que Ele quer separar de ti. Ele quer te ensinar como usar a teu favor o poder de decisão, que tu fizeste em substituição ao poder de criação.  Tu, que o fizeste para crucificar a ti mesmo, tens que aprender com Ele como aplicá-lo à causa santa da restauração. (T-14.VI.5)

 

Os relacionamentos especiais (vide glossário disponível em: http://goo.gl/egVUv) que fizemos a partir da diminuta e louca ideia, quando acreditamos que realmente nos separamos de Deus, são usados pelo Espírito Santo como meio para reverter essa crença e entendermos que somos unidos porque esta é a Vontade de Deus.

Nós não podemos estar separados de Deus, segundo o Curso, porque esta não é a Vontade Dele. Mas, nossas mentes que projetam o mundo, ou, a mente que está sonhando que é “muitas”, contém “provas” de que essa separação aconteceu realmente.

O poder de decisão, termo repetido ao longo do Curso, é o poder de escolher o Espírito Santo para mudarmos a nossa própria percepção de todos os nossos relacionamentos. Com Ele, nós interpretamos tudo sempre de maneira oposta à do ego.

O Curso descreve que no Céu (Unicidade) nós temos o poder da criação. Aqui, no sonho de separação, o poder de criar foi substituído pelo poder de escolher.

Nossa maneira de interpretar os acontecimentos vai mudando aos poucos porque, junto do Espírito Santo, vamos entendendo que tudo “lá fora” é um reflexo do que temos “dentro”. Nós temos muitos conflitos, a maioria deles inconsciente. Enquanto nos recusarmos a olhar para eles e tomar consciência de que eles estão, na verdade, “dentro”, nós os projetaremos e os veremos à nossa volta, ou, “fora” de nós.

O Espírito Santo pode usar esse poder de escolha, se O escolhermos, para “restaurar” a memória de que a separação é apenas uma crença, que não pode realmente ter acontecido. Sendo assim, o caminho com o Espírito Santo vai nos mostrando nossa responsabilidade (o que é muito diferente da culpa) nas interpretações de todas as coisas, e , ao mesmo tempo, comprovando o nosso poder, junto Dele, de dissolver essas interpretações de culpa ou vitimismo.

O Espírito Santo tem apenas duas interpretações para todos os nossos erros e os erros das outras pessoas: são pedidos de amor. Junto com Ele, passo a passo, escolhemos a Sua resposta amorosa para tudo o que nos é solicitado, dissolvendo por meio dessa forma de perdão, a “realidade” desses erros, e enxergando-os como o que são: apenas pedidos de amor.

Grupo Mera