Milagres são meramente a tradução da negação em verdade.  Se amar a si mesmo é curar a si mesmo, aqueles que estão doentes não amam a si próprios. Portanto, estão pedindo o amor que os curaria, mas que estão negando a si mesmos. Se conhecessem a verdade acerca de si mesmos,  não  poderiam  estar  doentes. A tarefa do trabalhador de milagres vem a ser, então, negar a negação da verdade. Os doentes têm que curar a si mesmos, pois a verdade está neles. No entanto, tendo-a obscurecido, a luz em outra mente tem que brilhar nas suas, porque essa luz é deles.(UCEM - T-12.II.1)

 

Pensando estar realmente num mundo de separação, estamos negando a verdade sobre nós. Negando que somos filhos do amor, nos achamos indignos de ser amados. Na visão do Curso a doença é um pedido de amor por alguém que se sente sem ele. Ela é, então, uma das formas que reflete a situação em que todos nós, que nos vemos sós, isolados, separados, pensamos estar.

Um curador é, para Um Curso em Milagres, um irmão que lembra a outro sobre a verdade que este esqueceu sobre si mesmo. Dessa maneira, o primeiro apenas ajuda seu igual a recuperar a memória de que ele cura a si mesmo porque “a verdade está nele”. O curador, nessa definição, serve ao doente espelhando a luz que ele não consegue ver em si mesmo, mas que necessariamente precisa estar em ambos. Assim, curador e curado reconhecem que ambos são o mesmo.

Recuperando a consciência dessa verdade, ambos negam a primeira negação à verdade de Quem são, que é o que traz a necessidade de nos manter na doença. Portanto, com a cura, a crença na separação vai caindo por terra até estarem prontos para acolher a realidade e se dissolverem no Amor de Deus, onde somos todos Um e o mesmo.

Grupo Mera