O “querer” é a base de toda insatisfação neste mundo. É uma ânsia que nunca pode ser saciada. Nunca pode ser apaziguada, pois mal é aparentemente satisfeita por algo ou alguém de quem julgamos precisar desesperadamente, pelos mais diversos motivos, e já outro “querer” vai se impondo a nós, estendendo seus tentáculos, envolvendo-nos novamente nessa busca insana por algo “imprescindível”.
E mais uma vez dizemos a nós mesmos: “se apenas eu pudesse ter isso, ou conseguir aquilo, eu seria feliz”. E de novo estão lançadas as bases para mais um período de sofrimento intenso, de ânsias que nunca podem ser apaziguadas, de “buscar e nunca encontrar”. Essa é a máxima deste mundo, e é ela que mantém o mundo aparentemente girando em seu eixo. E isso em geral é visto como algo “saudável”, “benigno”, “importante”.
Até que chega o momento em que começamos a suspeitar que alcançar aquilo que pensávamos querer tanto não nos trouxe a felicidade duradoura que pensávamos que traria – uma alegria fugaz talvez, até mesmo arrebatadora, mas efêmera como tudo o mais em nossas vidas aqui.
Essa constatação, por mais dolorosa que possa nos parecer, é o momento do despertar, o primeiro degrau da escada que nos conduz de volta para Casa!
“Cristo não tem dúvida, e da Sua certeza vem a Sua quietude. Ele trocará a Sua certeza por todas as tuas dúvidas, se concordares que Ele é um contigo e que essa unicidade é sem fim, sem tempo, e está dentro do teu alcance porque as tuas mãos são as Suas. Ele está dentro de ti, no entanto, caminha a teu lado e diante de ti, mostrando o caminho pelo qual Ele tem que seguir para Achar-Se completo. A Sua quietude vem a ser a tua certeza. E onde está a dúvida quando a certeza veio?” (UCEM-T-24.V.9).
Grupo Mera
